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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Produções dos alunos do Ensino Fundamental II

Apresentamos abaixo as melhores produções dos alunos do Ensino Fundamental II da nossa escola, que foram produzidas para as Olimpíadas de Língua Portuguesa e Ano Cultural, sob a orientação da Professora Raimunda.


Textos de memória

Infância vivida
Ana Catharina – 7º Ano

          Meu nome é Rita Araújo Oliveira, tenho 56 anos e nasci em arruda Câmera. Tive uma infância pobre, como toda criança com problemas de saúde. Onde eu viva não tinha ruas e bairros, só caatingas e veredas.
          Na minha infância, as brincadeiras que eu mais gostava era jogar pedras uma nas outras e apostar com dinheiro feito de notas de carteiras de cigarro. Também brincava de bambolê e esconde-esconde.
          Na minha época, o que as meninas simples como eu vestiam era vestidos de chita de sandálias de couro.
          Nas décadas de 70 e 80 dois fatos históricos chamaram a minha atenção foram um eclipse solar, ocorrido às noves horas manhã e visto a olho nu e que fez o dia escurecer como se fosse noite e a passagem do cometa Halley, vista às 4:15 da manhã. Nunca me esqueci de como foi bonito ver a calda do cometa e esses fatos marcaram a minha vida pra sempre.


Minhas lembranças do passado
Daniel Sodraque – 7º Ano

          Não pude me contentar em ouvir e cai no mundo de uma história simples, mas feliz.
          Tudo começou quando eu nasci, no dia 2 de junho de 1077, em João Pessoa, mas fui criada em Bayeux, Paraíba. Minha vida foi passando e passando...
Com dez anos, as minhas brincadeiras preferidas eram baleada, bola de gude, barra bandeira e pular corda, no nosso campinho, perto da maré, ode brincávamos eu, Simone, Sandro Paula e Patrícia.
Quando chegávamos do nosso campinho, minha mãe preparava o que eu mais gostava: angu. Era mais gostoso do que esses que já vêm prontos e compramos nos supermercados.
E minha vida foi passando e passando...
Com 18 anos tive meu primeiro filho, Samuel. E depois vieram Daniel, Miguel e Joel.
Tudo parecia feliz, mas tive uma perda que me causou muita dor: a minha mãe querida que faleceu com apenas 57 anos de idade.
E tudo passou e passou...
Não posso contar tudo da minha vida, porque se eu fosse contar, precisaria de mil folhas. Engraçado não é?
Hoje moro em Jaguaribe, na av. Vasco da Gama e vivo feliz com as minhas lembranças do passado.

Texto baseado no depoimento de Rosineide da Cruz.


Crônicas 


“Entre outras mil, és tu João Pessoa”

 Mayara Rebeca – 9º Ano

            João Pessoa, cidade excêntrica, cercada por praias, cheia de verde e de pessoas com histórias pra contar. Pessoas que viram a cidade crescer e começar a ter engarrafamentos na hora do ruche que ficam irritadas com isso, mas depois ligam naquela naquela rádio pra relaxar enquanto o tempo passa, Emfim, a cidade pode até ter mudado, mas alguns costumes permaneceram. Um bom exemplo desses costumes é aquele de comer o prato típico, que todo brasileiro come na hora do almoço, só que com um toque nordestino: arroz, feijão e carne-de-sol.
            À noite ir para a calçadinha do busto de Tamandaré, ficar de rolé com os amigos e sentir a brisa contra os cabelos – por mais que fique bagunçados, só quem mora aqui, sabe como é bom essa sensação – e depois, correr para a areia, sentir os pés descalços no chão, olhar as ondas que vão sendo trazidas, sem falar no brilho das estrelas, que fica mais evidente na praia do que em qualquer outro lugar da cidade.. Aos poucos vão chegando queles grupinhos de amigos. O legal é que sempre tem alguém que leva um violão e faz a noite se transformar numa festa.
            João Pessoa é olhar o rastro que as nuvens no céu no finalzinho da tarde. Eu já fiquei acostumada a sentir o cheiro do café que a minha mãe faz, enquanto eu assisto à novela e, sinceramente, são essas pequenas coisas que tornam o meu dia melhor. Não sé se consigo sem isso...
            Então o dia vai terminando e o barulho dos carros vai se misturando ao silêncio da noite, que aos poucos vai formando uma melodia que só essa cidade tem.




Minhas manhãs em João Pessoa
Maria Heloísa – 9º Ano



          Era muito bom saber que assim que eu acordasse, teria o dia inteiro para brincar e me divertir, afinal eu tinha apenas 5 anos e a escola não importava muito naquela época.
          O tempo passava e com ele os dias de diversão. Hoje, apesar de ainda ser criança, tenho responsabilidades e a escola é uma delas.
          Nos finais de semana é sempre bom andar pelas ruas de João Pessoa. Ir à praia ainda continua sendo muito bom. A minha preferida sempre foi a praia de Cabo Branco. A estação Ciência também é um dos meus pontos preferidos. Minhas amigas e eu também adoramos passear pelas ruas do Parque Solon de Lucena, por onde todos os dias passam centenas de pessoas  que estão sempre admirando a beleza da cidade, sem falar do centro histórico, um dos lugares que eu mais visito até hoje, pois tem uma beleza tão única que é até difícil expressar em palavras.
          E sempre que tem algum evento interessante, eu corro pro Espaço Cultural, onde tem feiras, exposições, shows, em fim, um mundo novo a se conhecer em um só lugar.


As eleições mudam o nosso bairro
Ana Karolyna – 9º Ano

          Moro num bairro chamado Torre, que é um lugar calmo e tranqüilo, onde todos nós nos divertimos e falamos sobre o dia a dia. Mas quando entramos em época de eleição, as coisas mudam, pois aquele bairro calmo e tranqüilo deixa de existir.
          As pessoas ainda que as eleições mudarão nossos bairros e nossas vidas.
          A minha família não gosta dessa época de eleições, pois muitos políticos só fazem promessas que depois não cumprem. Penso que se cada pessoa votasse em políticos que realmente cumprisse o seu dever, nossos bairros mudariam para melhor e tudo seria diferente.
          Espero que esse período passe logo, pois não agüento mais o barulho dos trios elétricos passado e dos fogos de artifícios e espero que, quando as eleições terminarem, possamos voltar a viver naquele bairro calmo e tranqüilo de sempre. 




As belezas do meu lugar
 Alessandro da Silva – 9º Ano

          O lugar onde eu moro é muito bom, porque da minha casa dá pra ver a rua toda. Lá eu convivo com minha família e jogo futebol todos os sábados com meus amigos.
          O que tem de bom onde eu moro é que de todas as casas dá pra ver as matas, os pássaros e os rios.
          O que eu acho de ruim lá, é que o rio é muito poluído por lixos que poderiam ser reciclados ao invés de jogados nas ruas, pois quando chove, a água leva o leva para o rio, fazendo muito mal para o meio ambiente.
          É uma pena que um lugar tão bonito seja degradado pelas pessoas que não têm consciência de que um dia poderão ficar sem ter onde morar.


E a saúde, como vai?
Gabrieyella S. de Lima – 9º Ano

          Eu moro em João Pessoa, o ponto mais oriental das Américas, cidade do verde das árvores, da brisa das praias e do pôr-do-sol, que presenciamos todas as tardes, na praia do Jacaré, ao som do Bolero de Ravel. Aqui é tudo muito bonito, mas ainda há um problema que incomoda muito a população pessoense e que é comum em todo o país: a precariedade da saúde pública.
          Aqui, como no resto do país, a saúde é um dilema, pois há grandes filas nos hospitais e postos de saúde e atendimento de péssima qualidade, pessoas chorando, clamando por uma vida mais digna. Essa é a realidade de muitos paraibanos, que sofrem com as más condições dos hospitais públicos.
          Se sentimos uma dor, precisamos passar por muitos obstáculos para curá-la, como a espera por exames, por medicamentos, por leitos, etc.
          E não é só isso. Ainda tem a falta de ambulâncias, de aparelhos, de higienização dos ambientes, a negligência médica e por aí vai.
          Milhares de pessoas morrem devido a esses fatores, que poderiam ser resolvidos se houvesse mais boa vontade e investimento por parte dos nossos governantes.
          Gente, estamos em pleno século XXI, trabalhamos honestamente e pagamos nossos impostos e não temos o direitos de ter as nossas necessidades mais básicas, como a saúde, contempladas. Até quando isso vai continuar?
         



ANO CULTURAL HERBERT VIANA
PRÊMIO ALUNO DESTAQUE

Esperança, sonho e realidade
(Amanda Lelícia Batista de Souza – 8º Ano)

Eu acordo com o sol da manhã
Eu não me canso de sonhar
Por isso posso dizer
Que é bom ver o sol brilhar.

Eu sonho com um mundo melhor
Inspirado no sol da manhã
Que ilumina cada olhar
E vem nossa esperança renovar.

Esperança é viver
Viver é lutar
Lutar é acreditar
Que a vida vai melhorar.

O sol da manhã
É um desafio
Nos traz um mundo desigual
Que nos desperta pra vida real
Traz dificuldades e oportunidades
Pra quem quer vencer o mal.

A pobreza
A dor
A esperança
Não vêm da natureza,
Mas sim, da dureza
De quem luta e não se cansa.
Por isso podemos dizer
Não deixaremos o sonho morrer.(inspirado na música  “Alagados”)

ANO CULTURAL HERBERT VIANA
PRÊMIO ALUNO DESTAQUE

Minha terra: Paraíba
(Caio Vinícius dos Santos Queiroz – 8º Ano)

Terra que tem clima quente
De quem luta pra sobreviver
Guerreira é a sua gente
Que nunca desiste de vencer.

Tem calor e tem miséria,
Mas tem sonhos e esperança
De que a luta vale a pena
Esse é o futuro que se espera.

Lugar de quem ganha a vida
Trabalhando na terra e no mar
Tanto o rico quanto o pobre
Buscam sempre melhorar.

Lugar de muitos sabores
Tem história e tradição
De um povo lutador
De poetas e sonhadores.


(Inspirado na música  “Mormaço”)


ANO CULTURAL HERBERT VIANA
PRÊMIO ALUNO DESTAQUE

Talvez o brilhe o sol
(Fernanda Alves de Lima – 8º Ano)

Talvez brilhe o sol
Pra quem não tem sono
Talvez tenha o brilho da lua
E também fome e abandono.

Por aí há favelas
E pessoas chorando
Também há miséria
E lágrimas sem sono.

Há lágrimas de desespero
Pra quem sofre esse trauma.
Nas favelas mora gente,
Gente que também trabalha.

Luta-se pra sobreviver
Talvez me escondo em alguém
A vida passa por mim
E as lágrimas só e comovem.

Nas favelas de João Pessoa
Tem gente que chora sangue
Por não ter o que comer
E vontade de vencer.



(inspirado nas músicas  “Mormaço” e “Alagados”)


4 comentários:

  1. Eu gostei muito dos textos dos alunos do 7º e do 9º ano e dos poemas produzidos pelos alunos do 8º ano, que falam do Ano Cultural Herbert Viana. Um beijo pra todos do Analice Caldas.
    Ivanilda Lima - 6º Ano B

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  2. Parabéns para a escola Analice Caldas pois os alunos deram um show na VI mostra cultural.



    Eliana Paula.

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  3. O amor é algo que deve ser vivido, a todo momento. parabéns a escola Analice Caldas por trabalhar estes valores e pela equipe de profissionais e alunos tão bem envolvidos com tudo.
    Reinildes Moura Jr. (Rei)
    Professor de Educação Física.

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  4. Amei cada apresentação da Mostra Cultural do Analice Caldas. Um abraço para os meus professores, que são um exemplo, e para as minhas amigas.
    Sara e Letícia - 8º Ano

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